sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

soltar amarras


Sim... se fosse um barco, adorava poder correr mares e oceanos, mas ser de um tamanho que também permitisse conhecer rios e as suas margens... adorava poder contrariar a maré com o meu leme... ou içar a vela e deixar-me apenas ir numas aguas calmas... com prazer, com o desafio de apenas chegar ao destino e gozar da viagem. Não sou um barco, mas tenho amarras. é verdade, deveria soltá-las...afinal acho que encalharam e amarraram-me num sítio de ninguém. Quero o destino marcado, hora de chegada anunciada, quero poder gozar o caminho a percorrer.... quero lançar-me à aventura. As aguas são calmas, calmas demais para quem é de ondas, ainda para mais nem tenho vela para içar, apenas o poder de pegar no leme e contrariar a própria maré ...em que me tornei. quem me dera que chegassem rapidamente as marés vivas e me desencalhassem desta amarra, que me agitassem até ir parar a outra margem qualquer....

devo ter encalhado no cabo das tormentas, lol...e a placa a identificar o local deve ter caído à agua....

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